Porque a Igreja considerava pecado a prática esportiva

Nas sombras do passado, a Igreja observava com desconfiança a dança dos corpos em movimento, o suor vertido em nome do vigor. Para muitos clérigos, a prática esportiva era vista como um desvio da devoção divina, um afastamento dos caminhos espirituais. O corpo, palco de tentações, era visto como um campo de batalha onde o pecado se insinuava sorrateiro. A agilidade dos atletas, o ímpeto da competição, eram vistos como distrações perigosas das verdades eternas. A Igreja, guardiã de certezas e dogmas, temia que os esportes fossem uma porta de entrada para a vaidade e a idolatria do físico. Assim, por séculos, as atividades esportivas foram condenadas, a sombra do pecado lançada sobre campos e quadras. Mas o tempo, esse tecelão de mudanças, fez com que as percepções se transformassem. Hoje, compreendemos que o movimento do corpo é uma celebração da vida, uma manifestação do espírito que anseia por liberdade e superação. E assim, a antiga condenação cede lugar à compreensão de que a prática esportiva pode ser uma expressão da harmonia entre corpo, mente e alma, um encontro sagrado com a própria essência humana.